Em todos lugares que vamos existe sempre uma dimensão que ilustra, dá vida e expressão nos nossos dias : a cor. A cor desempenha um papel importante e imprescindível para os nossos sentidos. Muitas das coisas que conhecemos, associamos a determinadas cores e determinados sentimentos a determinadas tonalidades. A existência de cores frias e cores quentes está implicitamente relacionada com as sensações que estas nos provocam: frio, calor, frescura, esperança, limpidez.
São muitos os símbolos, logótipos e imagens que possuem um especial significado devido a cor que lhes foi conferida. A cor em si pode tornar-se numa mensagem. A Coca-Cola não seria a mesma se lhe mudássemos o vermelho para cinzento ou cor-de-rosa, nem a estrela da Mercedes para amarelo. Os objectos ganham sentidos e conotações diferentes em função da cor que lhe és associada. Mas a cor tem diferentes funções, “ não tem a mesma função para o designer e para o pintor. O designer opera em ligação com a ciência e a indústria, o pintor tem relações com o artesanato e com a produção manual. O designer tem de usar a cor de modo objectivo enquanto o pintor usa-a de modo objectivo.” (Munari, 1968: 362).
A cor é uma das características do nosso envolvimento com o mundo que gira à nossa volta: propicia atmosferas, ambientes, dá-nos memórias com diferentes sensações e marca diferentes momentos. O verde da Primavera, o castanho do Outono, o branco do Inverno e o vermelho do Verão são algumas das associações que consigo fazer. A cor, pessoalmente, tem uma ligação muito directa com várias sensações e influencia as minhas escolhas e modifica por exemplo, o meu estado de humor.
Sendo um importante elemento da linguagem visual, um dos elementos definidos por D. Doudis, a cor expressa sobretudo um interior de uma mensagem a passar ao destinatário, ligada a valores, escolhas, sentimentos e vontades. No entanto, existe “um aspecto funcional da cor, ligado à comunicação visual e à psicologia: a cor de um objecto que se utiliza continuamente (a máquina de escrever) deverá ser opaca e neutra. Opaca para reflexos de luz que podem cansar a vista, e neutro pela mesma razão. Uma cor intensa, observada durante muito tempo, produz uma reacção na retina, fazendo surgir a cor complementar com o objectivo de restabelecer o equilíbrio fisiológico alterado.” (Munari, 1968: 363).
Estando certa da importância inegável e de que na vida nem "todos os gatos são pardos", considero que a minha reflexão sobre a Cor me faz afirmar que tudo quanto escolhemos, gostamos, queremos e utilizamos está iminentemente relacionado com a cor e a sua conjugação. A sensibilidade da escolha entre as cores e dos contrates utilizados pode definir um bom logótipo e a imagem de uma empresa, mas não só está relacionada com as questões do marketing. Na proposta 1 utilizei o vermelho e o preto porque as associo ao Tango e à música escolhida.
Deixo aqui um vídeo feito por um fã de David Fonseca da música "Dreams in Colour" que expressa em muito, a conotação que as cores possuem e os jogos infinitos que somos capazes de fazer.
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